Pesquisa aponta: hotéis com demanda regional devem se recuperar primeiro dos impactos da pandemia

Hotéis com predominância de demanda regional, de acesso por carro e baixa dependência de eventos devem se recuperar primeiro dos impactos econômicos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A conclusão é do estudo “Recuperação da hotelaria urbana no Brasil”, uma iniciativa da HotelInvest, em parceria com a Omnibees, a STR e o FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil).

Reprodução / pequisa

A pesquisa, lançada no dia 3 de junho, busca sinalizar ao mercado o potencial de ocupação e de diária média no setor ao longo dos próximos anos. O objetivo da publicação é fornecer às empresas hoteleiras informações que auxiliem as suas tomadas de decisões estratégicas.

O estudo aponta que a recuperação do setor será lenta e gradual. Dependerá, dentre outros fatores, do perfil do hotel e do destino de localização do empreendimento. O potencial de equilíbrio operacional (breakeven) estará mais claro a partir do último trimestre de 2020 para hotéis econômicos. Aos sofisticados, apenas em 2021.

Em RevPAR – sigla em inglês para Receita por Quarto Disponível – a recuperação total se dará entre 2,5 anos até mais de 4 anos. Dessa forma, hotéis econômicos e midscale (aqueles que proporcionam um pouco mais de conforto) devem se recuperar mais rápido, em razão da menor dependência de eventos e da demanda internacional. Empreendimentos mais sofisticados devem levar mais um ano em comparação aos demais hotéis.

Sinais de recuperação

Conforme a pesquisa, sinais de recuperação em curto prazo ainda são tímidos em todo o Brasil. Dados da Omnibees indicam leve crescimento das reservas nas últimas semanas de maio, em comparação às semanas mais críticas da pandemia. No entanto, o volume total ainda é mais de 80% abaixo de 2019.

Em 2020, a ocupação média pode variar entre 27% e 35%, para os hotéis econômicos/midscale, e entre 21% e 27%, para os hotéis mais sofisticados. Já a recuperação total de ocupação será, na melhor hipótese, em 2022 para a hotelaria econômica e em 2023 para os hotéis upscale/luxo.

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