Protocolo sanitário é item de sobrevivência para grandes redes hoteleiras

Por Plínio Guimarães

Embora as realidades dos associados ao Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) sejam diversas, sobretudo no tocante ao patrimônio físico que pode ser próprio e/ou administrado, todos têm pontos em comum em relação ao enfrentamento da crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) ao setor. Não há mais dúvidas entre os CEOs das grandes redes hoteleiras, por exemplo, de que os protocolos sanitários são itens fundamentais na luta pela reconquista dos clientes perdidos para o medo da pandemia.

Para Patrick Mendes, CEO da ACCOR Hotels na América do Sul, a implantação dos protocolos sanitários já não deve mais ser tratada como um diferencial pelos hotéis. Segundo Mendes, eles agora são itens básicos e obrigatórios para a sobrevivência.

Patrick Mendes, CEO da ACCOR Hotels para a América do Sul (fotos: divulgação)

“Compartilhei com minha equipe conversa que tive com os EUA, Ásia e Pacífico. Para os Corporation Managers e para as RFPs que estamos concorrendo nos EUA, para eles não há nenhuma dúvida de que a implantação de protocolos por uma companhia aérea ou por uma companhia hoteleira seja básico. Acho que já virou, já foi para nós. A nossa indústria deve considerar que implantar protocolos que vão garantir que está tudo implementado com qualidade é básico. Os que não vão fazer isso vai ser um problema para toda a indústria”, considerou Mendes.

Tarifas e redução de prazos

O esforço das redes hoteleiras para atravessar a crise – ao menos sobrevivendo e para começar a retomar a lucratividade e rentabilidade dos empreendimentos ao final de 2021 – passa pela manutenção da base tarifária do período pré-pandemia e pela redução dos prazos de faturamento.

Já se discute no FOHB o lançamento de um manifesto conjunto pelo compromisso de se evitar uma guerra de tarifas e de prazos de pagamento, o que, inevitavelmente, levará a um agravamento da situação dos empreendimentos.

CEO da Transamérica Hospitality Group

O CEO da Atlantica Hotels, Eduardo Giestas, destacou que mesmo com uma previsão de um longo processo de retomada é fundamental que na programação haja um foco no comercial garantindo a proteção de preços e evitando ações que possam corroer as tarifas. A projeção do setor é de uma redução de cerca de 45% na receita desse ano em relação a 2019, e de 10 a 20% em 2021, também em relação ao ano passado.

“É importantíssimo esse ponto. Hoje, nós temos uma situação de grandes laboratórios, grandes clientes, pedindo prazos exorbitantes de 90, 120 dias para poder fazer um evento. O hotel não é uma empresa financeira. E dessa maneira a gente precisa que os eventos comecem a ser pagos antecipadamente, como é feito nos Expo, nos pavilhões, que não deixam o cliente entrar sem que tenha sido pago antecipado. Ou se corta o intermediário e se faz diretamente com o cliente final, ou nós vamos ter problemas de faturamento”, avaliou o CEO da Transamérica Hospitality Group, Rinaldo Fagá.

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