Natural de São Luís do Quitunde e moradora de Porto de Pedras, a atriz Eduarda Samara, 19 anos, é a representante do cinema alagoano em Cannes. Ela integra o elenco do filme Bacurau, que venceu, neste sábado (25), o Prêmio do Júri do aclamado festival, junto com a produção francesa Les Misérables.

Eduarda Samara interpretou a personagem Madalena. O longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles conta a história de um pequeno povoado do sertão do Seridó.

O filme se desenvolve a partir da morte de uma moradora conhecida, Dona Carmelita, despertando eventos inesperados. A obra deve estrear em salas de cinema no Brasil no segundo semestre.

Em 2014, Eduarda Samara atuou no curta-metragem “Sem Coração”, dirigido pela alagoana Nara Normande e pelo pernambucano Tião. O filme, ambientado no Litoral Norte alagoano (São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras), fez parte da programação da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, naquele ano.

 “Essa é a segunda vez que um filme no qual eu trabalho vai ao festival de Cannes. Depois de um longo caminho, a gente começa a colher frutos”, escreveu a atriz em sua página numa rede social, ainda em abril.

A premiação deste sábado foi inédita para o Brasil, veio em dose dupla, com dois filmes nacionais e nordestinos aclamados em Cannes. “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, do cearense Karim Ainouz, venceu o maior prêmio da mostra paralela do festival “Um Certo Olhar”.

A última vez que o Brasil brilhou em Cannes foi em 1962 com o “O Pagador de Promessas”, que ganhou a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival, que, desta vez, foi para “Parasita”, da Coréia do Sul.