
Integrantes da Associação Peixe-Boi e um grupo de pescadores iniciaram um mutirão para promover melhorias estruturais na passarela de madeira instalada sobre o Rio Tatuamunha, em Porto de Pedras, Litoral Norte de Alagoas. O equipamento dá acesso ao passeio de observação do mamífero aquático mais ameaçado de extinção no Brasil e é utilizado pelos moradores e operadores do turismo de base comunitária.
De acordo com a presidente da Associação Peixe-Boi, Flávia Rego, o mutirão será dividido em quatro etapas, sempre nos finais de semana, e contará com o trabalho de voluntários. O pontapé inicial foi dado no sábado (10), quando pescadores e membros da Associação arregaçaram as mangas para recuperar a estrutura de madeira com 400 metros de extensão.
“A ponte encontra-se bastante estragada e quase sem condições de uso, por isso resolvemos fazer o mutirão. A Associação vai doar uma parte da madeira e o empresário local, Eduardo de Paula, a outra. Pescadores, associados e pessoas da comunidade que se dispuserem podem fazer parte do mutirão. Todos serão bem-vindos”, declarou Flávia Rego.
Ela lembrou que o objetivo do trabalho é deixar a passarela em melhores condições estruturais para o uso até novembro deste ano, quando começa a alta estação turística (2016 / 2017). Neste período, o passeio de observação do peixe-boi marinho recebe um fluxo ainda maior de visitantes.
Em maio deste ano, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) anunciou a reconstrução total da passarela por meio de uma parceria entre a Associação Peixe-Boi, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o governo do Estado e a Fundação Toyota do Brasil. Entretanto, não há previsão para o início das obras.

O projeto executivo, que contém todos os estudos para implantação da passarela de madeira, foi elaborado através de parceria entre a Sedetur, a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e uma construtora voluntária (Engenharq).
“A próxima etapa é garantir os recursos para execução do projeto, que está orçado em torno de R$ 1 milhão. Para isso, a Sedetur registrou o projeto no Sistema de Convênios (Siconv) do Governo Federal e está em busca de parceiros investidores para viabilizar a execução”, informou a Secretaria.
Parabéns pela matéria, Severino. Como sempre sua escrita demonstra responsabilidade com a informação e compromisso com as causas socioambientais. Só uma pequena correção: o projeto estrutural da ponte foi doado pela Executive Junior, empresa vinculada à Faculdade Figueiredo Costa/UNIFAL, sob a coordenação da Profa. Dra. Eliane B. Santos. Oxalá os recursos sejam viabilizados em breve. Abraço,
Ulisses.
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