Bandeira Azul passa a certificar embarcações de turismo sustentável

Bandeira Azul

Ao longo dos últimos três anos, o programa Bandeira Azul trabalha na expansão do selo para premiar também os Operadores de Embarcações de Turismo Sustentável. Desde o seu lançamento, em 1987, na França, o Programa Bandeira Azul vem crescendo, não só no que diz respeito ao número de países membros e locais premiados, mas também no conhecimento sobre os ambientes marinhos e de água doce.

A revisão constante dos seus critérios, bem como a disseminação de melhores práticas fazem da Bandeira Azul um selo altamente dinâmico que leva muito a sério novos desafios e mudanças contínuas.

Bandeira Azul decidiu dar um novo passo e expandir seu trabalho para atividades de turismo náutico. A partir de 2016, os operadores turísticos que oferecem atividades náuticas, como mergulho, observação da natureza, observação de baleias, passeios de pesca e charter podem ser premiados se estiverem em conformidade com o conjunto de critérios da Bandeira Azul.

Os critérios dizem respeito a educação ambiental e informação, gestão ambiental, segurança e serviços, responsabilidade social e turismo responsável.

“O programa Bandeira Azul oferece um padrão global que operadores de turismo náutico ao redor do mundo devem se esforçar para alcançar para ajudar a manter um oceano saudável – para os animais e os seres humanos “, afirma Cynde McInnis, co-presidente do Cetacean World Alliance.

Ao estender o programa e incluir operadores de barco de turismo sustentável em sua rede, o Programa Bandeira Azul pretende fortalecer a sua reputação de ser um selo socioambiental confiável e forte.

“As atividades náuticas vem passando por uma democratização nos últimos dez anos, e atualmente não são mais apenas privilégio da elite. No entanto, com o aumento do uso dos recursos naturais aumentam as ameaças e possíveis danos ao meio ambiente. Temos de medir o nosso impacto para garantir que essas atividades sejam conduzidas da maneira mais respeitosa e sustentável, além de promover educação ambiental. Bandeira Azul oferece um quadro perfeito para alcançar essas metas. Esta é, portanto, a rota de expansão lógica para a Bandeira Azul com seus trinta anos de experiência em elevar a consciência da comunidade em geral sobre os ambientes aquáticos”, diz Sophie Bachet Granados, diretora Internacional Bandeira Azul.

“Esperamos que essas atividades permaneçam sendo tão emocionantes e memoráveis como sempre foram, mas também sejam sustentáveis, educativas e seguras.”

Critérios

Os critérios incluem padrões Bandeira Azul existentes que provaram ser eficazes em relação à promoção de práticas sustentáveis nas praias e marinas, bem como os critérios que se baseiam em diferentes diretrizes e legislações nacionais e internacionais para atividades de turismo náutico.

Além disso, operadores turísticos de diferentes regiões do mundo foram envolvidos no processo de desenvolvimento dos critérios para garantir sua viabilidade em todo o mundo.

No Brasil, os critérios foram validados pelo Júri Nacional em sua última reunião de 29 de junho em Brasília. O Júri Nacional é composto pelo Ministério do Turismo, Ministério do Meio Ambiente, Secretaria do Patrimônio da União – Ministério do Planejamento, SOS Mata Atlântica, ACATMAR – Associação Náutica, SOBRASA – Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e Agência Costeira.

“O melhor sobre a Bandeira Azul é que não temos que reinventar a roda. Já existem outras pessoas lá fora, que vem pensando ao longo do tempo nas mesmas linhas que pensamos, e como os desafios que estamos enfrentando não respeitam fronteiras, a cooperação com um selo internacional de sucesso vem naturalmente.”, afirmou Maria Gunnarsdottir, Secretário e Tesoureiro do IceWhale, o Whale Watching Icelandic Association.

“Vazamentos de óleo e produtos químicos, esgoto e outros tipos de poluição podem ter efeitos terríveis sobre o ambiente marinho, especialmente em recifes de corais, baleias e golfinhos, que são algumas das principais atrações turísticas hoje em dia. Igualmente, a descarga de águas residuais não tratadas, sistemas de esgoto mal conservados a bordo de barcos e/ou despejo de resíduos sólidos no mar impactam o meio marinho “, diz – Dr Birguy Lamizana, o GPA, Coordenador United Nations Environmental Programme (UNEP)”.

Passeios emocionantes

De acordo com ele, passeios de barco, tão emocionantes como eles são, precisam dar a devida atenção a essas questões para evitar efeitos indesejados. Quem gosta de pagar para mergulhar e se deparar com recifes de corais branqueados?

“Esta é a razão pela qual, o GPA (Programa Global de Ação para a proteção do meio ambiente marinho por atividades terrestres), está trabalhando para resolver estas questões através de suas três parcerias globais, em águas residuais, em nutrientes e sobre o lixo marinho. Ao aumentar a conscientização sobre a educação ambiental e turismo responsável, a Bandeira Azul é um aliado importante, pois ajuda a proteger e manter o ambiente marinho “, conclui.

O processo de critérios detalhados e forma de adesão estão disponíveis no site da Bandeira Azul (www.bandeiraazul.org.br)


Com Assessoria

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