O blog entrevistou o professor e pesquisador Amaury Augusto de Almeida do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (IAG/USP) em busca de respostas acerca do fenômeno que surgiu nos céus de Alagoas e de Pernambuco, no sábado 22. Para ele, é bem provável que o bólido incandescente que cortou o firmamento, com mais intensidade em Maragogi, Japaratinga e Porto de Pedras, seja, na verdade, lixo espacial.
Blog – Pessoas relataram que viram uma bola rasgando o céu, de coloração esbranquiçada, seguida de forte estrondo. O que pode ter ocorrido na sua opinião?
Professor – Os relatos das várias testemunhas indicam a entrada de um bólido na atmosfera terrestre e são coerentes com a possível queda de lixo espacial (fragmento de algum satélite desativado). A possibilidade de ser a entrada
de um meteóro na atmosfera terrestre já seria mais remota, considerando
que durante o mês de setembro não temos a ocorrência de nenhuma chuva de
meteoros. A análise da coloração da luz proveniente do “clarão” visto no
céu é muito importante para descartar uma dessas duas possibilidades.
C0mo explicar, então, o estrondo que as pessoas ouviram logo após a passagem?
Um bólido dessa natureza entra na atmosfera terrestre com velocidades
supersônicas e quando a barreira do som é quebrada ouvimos o estrondo.
Por que nenhum órgão de monitoramento rastreou ou detectou essa ocorrência?
Esses eventos isolados ocorrem muito rapidamente e para serem detectados e/ou monitorados, é preciso se dispor de instrumentação específica e de pessoal treinado e dedicado para essas finalidades de patrulhamento.
Só fiquei com uma dúvida.?? E o que falar sobre o relato da mesma luz passando em Olinda/Pe seria o mesmo “lixo espacial”?fiquei curiosa.parabéns Severino o blog tá ótimo.
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Conforme consegui apurar, teria sido o mesmo bólido que cortou os céus dos dois Estados. Obrigado.
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